terça-feira, 26 de julho de 2011

26/07/2011

E, aos prantos,

Com o copo na mão trêmula,

Eu me negava a dizer!

Não por medo,

Não por vergonha,

Mas pela dor que aquilo me causava.

Era a primeira vez que me sentia assim,

Vulnerável.

Totalmente entregue ao que a vida me tinha escolhido

Sem perguntar se me era de boa vontade.


(Bruno Campelo)

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Anti-horário

Tempo por tempo
Tenho meu tempo!

Meu tempo que se confunde
No tempo que nosso tempo
Se concretiza!

Meu tempo é seu tempo.

Meu tempo não é seu tempo.

Mas meu tempo, curto tempo,
É o tempo que tenho.

É o tempo que me dá tempo
Pra viver num tempo
Que nem o tempo imagina.

E mesmo que eu tema o tempo,
Que merda essa palavra...

"tempo"

(Bruno Campelo - 21/07/2011)

quinta-feira, 14 de julho de 2011

A quem eu quero

E me aparece assim,
De repente,
Como quem não quer nada!
Sentidos imersos em um turbilhão de pensamentos e desejos
Que se apropriam do corpo
Sem julgar certo e errado,
Apenas sendo
[e querendo fazer...
De forma tal que amedronta
Mas instiga uma força estranha
Quente
Deliciosa
No fervor do sangue, do pensamento
E do sentimento
Que não sabe o que se é!

(Bruno Campelo - 14/07/2011)