terça-feira, 23 de agosto de 2011

"O correr da vida embrulha tudo, a vida é assim:


esquenta e esfria,


aperta e daí afrouxa,


sossega e depois desinquieta.


O que ela quer da gente é coragem."




(Guimarães Rosa)

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Já diziam Os Tribalistas...


"Eu não quero ganhar
Eu quero chegar junto
Sem perder
Eu quero um a um
Com você
No fundo
Não vê
Que eu só quero dar prazer
Me ensina a fazer
Canção com você
Em dois
Corpo a corpo
Me perder
Ganhar você"

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

EM MIM

Já era noite. Eu tomava meu café, ouvindo sempre as mesmas músicas. E pensava sempre a mesma coisa.

Aquela noite estava diferente. Era a segunda que eu não via, não ouvia, sequer sabia o que fazia ou por onde andava. Mas eu sabia que estávamos juntos em qualquer lugar do universo, onde nossos pensamentos se encontravam.

E ali, naquele cantinho escondido de nossas existências, chorávamos juntos, ainda que em silêncio, a ausência de estarmos juntos, fisicamente juntos.

Gota por gota, um novo café enchia minha xícara. E, no som, aquelas mesmas músicas...

Mas, dentro de mim, eu ouvia o SEU som, sentia o SEU cheiro e pingava todas as gotas do



NOSSO





suor.




(Bruno Campelo - 17/08/2011)

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Intermináveis

Apenas um dia se passou

E já me parece insuportável essa dor.

A ausência, o não saber

O não falar,

Isso vai dilacerando aqui dentro.

Essas mãos trêmulas que aqui escrevem

Só querem uma única coisa

Todo o tempo:

Encontrar você!

(Bruno Campelo - 16/08/2011)

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

15/08/2011

Sempre pensativo, continuava seus dias
Longos dias.

Ainda que exasperado,
Ele continuava.

Seguia lentamente,
Como se pisasse em ovos.

Procurava, de alguma forma,
Recuperar aquilo perdido.

Mas ele não se encontrava!

(Bruno Campelo - 15/08/2011)

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Pluvial

Naquele jovem surgiam rugas e cabelos brancos

Causados por todas aquelas mudanças:

De cidade, de conforto,

De objetivos, de vontades,

De bondades e maldades.

Mudança de costumes, companhias,

Homens, mulheres, crianças,

Senhoras e senhores.

Amores, medos,

Amores, sonhos,

Amores, segredos,

Amores, proponho.

Proponho risos, suspiros aliviados,

Gritos apaixonados, lágrimas daquela saudade gostosa!

E, para aquele jovem,

Proponho sair da frente do espelho

E ouvir a chuva lá fora.

(Bruno Campelo - 09/08/11)

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Valores?

Olhei no espelho e vi

Lá no cantinho dos meus olhos

Que ainda resta um "quê"

De "você não vale nada"!

Fiquei pensativo por uns instantes

Mas, no fim das contas,

Até gostei do que vi.

terça-feira, 2 de agosto de 2011

02/08/2011

São músicas, falas, textos que leio!

Tão estranha minha posição vista de fora,

Por fora.

Tudo me parece estranho.

Ainda que um inefável estranho

Me tome em seus braços

Dizendo belas palavras que,

Confesso,

Lampejam minhas entranhas

De forma tal a inquietar-me

O pensamento por infinitas horas.

Me fazendo perder a tramontana,

Mas redirecionando e reativando

Aquilo em mim perdido.

Arrebatado de qualquer medo

Enfrento uma realidade

A qual, avigorado,

Anseio transformação.




E estamos juntos.

(Bruno Campelo - 02/08/2011)