segunda-feira, 29 de julho de 2013

Hunm...

Uma rua, um almoço, uma gastrite...

O garoto caminhava.
Tarde de quarta feira.

Sinal de "PARE"!

Olhos se encontram,
Pensamentos se confundem,
Olhos se encontram.

Mesa, cadeira.
Mesas, cadeiras.

Portugal
Casal
Criança
Gato
Pureza
Nomes
Nós!

Bares, pastéis, quadros,
Risos, encontros, sexo,
Encontro...

Até breve, adeus,
Um + Um = 1

"O tempo perguntou ao tempo quanto tempo o tempo tem!"

A dúvida se estabelece no momento exato em que...
Em que...
Em que...

Que dúvida é essa, besta?

Esse poema se faz por vontade própria,
Por vida,
Por ti,
Por mim..

Nós somos detalhe
Fundamental!

Somos um
Somos mil
Somos nós dois...

Um!

Delete

Primeiro "delete"

Censurei minha escrita

Segundo "delete"

O pensamento

Terceiro "delete"

Qualquer pensamento repetitivo!

domingo, 21 de julho de 2013

Coisa de berço



Vejo o caminho de pedra daquele meu tempo.
Vejo paralelepípedos.
Povo! Cores! Sons!
Sinto a mesma brisa
O mesmo cheiro do ar
O gosto da água
Da pinga ardida
Desardida
Adocicada.

A vida de altos e baixos
Subidas e descidas.
A visão embaçada pela neblina
No Gambá, Lavadeira, Queimada,
Minha Santa Efigênia...

Saudade de Ninica, Darwin,
Grilo, Enéias, Alemão.
Saudade de quando se dava um passo
e via, ainda que na imaginação,
Olímpia e Bené.
Vontade de dar um abraço
No Aleijadinho
E em Joaquim José da Silva Xavier.

Da lembrança
Trago à tona o melhor e o pior
Que existe em mim
E prefiro viver,
Das lembranças,
A expectativa do reencontro!

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Meu nome é Edward

Nem balada, nem bar.
Era despretensiosa e ensolarada tarde de quarta feira.
Ele não buscava nenhum Rio de maravilhas pra sua vida
Mas parece que um rio foi em sua direção, de encontro ao mar.
Era um outro rio...

Duas cadeiras e o tempo passava.
Ele nem via esse tempo.
Uma única voz importava.
Ouvia o mar e ouvia um pequeno português.

Horas...
Um chope, pastéis, chopes
A música alta não era empecilho nenhum
Para aqueles desbravadores de si
Eles - um só
Em meio a tanta gente
E nada mais importava.

Dias de descobertas, de encaixe perfeito
Havia um desbravador português dentro dele(S)
Havia uma verdade descoberta, encontrada
Pulsante, interminável
E nada mais importava.

Quando nem tempo e nem espaço importam mais
Quando nada é mais forte que o que se vive
Quando ele, firme na descoberta
Quando ele(S), um só
Quando o rio se afunila e se torna um filete de água
Quando vem a seca que quase destrói o rio
Quando vem o deserto da solidão
Quando o desespero
Quando o grito mudo
Quando a distância
Quando o amor próprio
Quando o medo
Quando a dor
Quando o vendaval que destrói
Quando a dúvida
Quando a terra treme
Quando o buraco se torna maior que se imagina
Quando parecer perder
Quando...

É quando a vida vai e sacode
E o quebra-cabeça que se desmontou por um instante
Se encaixa, se reencontra, se refaz
Mesmo que com a ponta amassada, se encaixa
Perfeitamente.
Como sempre!

Ali, naquele instante, ele se depara com ele
Se entende, se encontra
Mas a imagem está distorcida
Embaçada como o espelho em banho quente.

Ora pois...
Que não se amornasse aquela água
Que não se perdesse a graça daquele Rio
Em um rio de água levemente salgada que corre
Até molhar a boca amarga pela perda.

Enfim,
Em meio a tantas metáforas
O café esfria em minha xícara branca
E sinto cada instante dessa história.
Sentirei pra sempre cada instante dessa história.

Meu nome é Edward
E eu tenho um gato de estimação.

terça-feira, 9 de julho de 2013

Sobre o amor

Hoje decidi escrever um pouco sobre o amor! Provavelmente como sempre escrevo. Mas dessa vez é diferente...

Talvez eu ame demais. E, por isso, talvez eu erre demais. Pensando nisso, há dias me recorre a pergunta: Qual a medida do amor? Não encontrei resposta ainda.

Em uma de minhas pesquisas (na verdade, a primeira que me foi eficiente), encontrei a seguinte definição: "Sentimento que induz a aproximar, a proteger ou a conservar a pessoa pela qual se sente afeição ou atracção; grande afeição ou afinidade forte por outra pessoa". E vejo mesmo muito disso no que penso sobre amor.

Eu quero falar sobre o amor entre duas pessoas. Quando duas pessoas se encontram e, num simples e primeiro olhar, se identificam e se amam, já, de súbito, sem duvidar. Pode ser numa fila de banco, numa boate, na padaria, numa reunião de negócios, num bar de esquina. Despretensiosamente, se fez amor. Se quis saber mais, desvendar a outra pessoa.

Um amor pode durar um minuto ou dez, uma hora, meses ou mesmo uma vida. Depende do tanto de amor que se possa dar. Mas aí me volta a pergunta lá do início: Qual a medida do amor?

Quando eu amo, eu amo pra ser pra sempre, pra ser inteiro, completo. O que não quer dizer que, enquanto ser humano, mesmo amando, eu não possa errar. E saber que qualquer outro ser humano seja susceptível a equívocos também. Mas tenho certeza que o amor é mais forte que qualquer erro, que qualquer dúvida, que qualquer orgulho, que qualquer inveja, que qualquer maldade alheia.

O amor é pleno. Amar é ser pleno com o ser amado. Amar é saber que um é diferente do outro, e buscar entender esse outro. É mais forte que a distância, é mais forte que a ausência. E, quando há ausência, o amor dói, machuca. Mas ele ainda é mais forte que a dor e prevalece!

Amar nos faz cometer loucuras. Nos faz esquecer de nós mesmos. Tem uma passagem que diz para amarmos ao próximo como a si mesmo. Mas é fato que em determinados momentos, esquecemos de nós, dos nossos orgulhos, nossos bloqueios e entregamos tudo pro e por amor. Às vezes até nos ridicularizamos por amor. Mas amamos. Amamos outra pessoa e, ainda mais, amamos o amor, amamos amar!

No fim dessa balela toda que escrevi, acho que chego a uma conclusão: o amor é livre, o amor é puro, verdadeiro, não sufoca. E eu quero isso! Pronto, o amor não tem medida para amar! Eu amo...
E quando, na mesma situação,

 você é a melhor e a pior pessoa do mundo?